Tuesday, May 31, 2005

da consultoria

A shepherd was herding his flock in a remote pasture when suddenly a brand-new BMW advanced out of the dust cloud towards him. The driver, a young man in a Broni suit, Gucci shoes, Ray Ban sunglasses and YSL tie, leaned out the window and asked the shepherd,..........
-"If I tell you exactly how many sheep you have in your flock, will you give me one?"
The shepherd looked at the man, obviously a yuppie, then looked at his peacefully-grazing flock and calmly answered, "Sure."
The yuppie parked his car, whipped out his IBM Thinkpad and connected it to a cell phone, then he surfed to a NASA page on the internet where he called up a GPS satellite navigation system, scanned the area, and then opened up a database and an Excel spreadsheet with complex formulas. He sent an email on his Blackberry and, after a few minutes, received a response. Finally, he prints out a 130 page report on his miniaturized printer then turns to the shepherd and says,.........
-"You have exactly 1586 sheep".
-"That is correct; take one of the sheep" said the shepherd.
He watches the young man select one of the animals and bundle it into his car.
Then the shepherd says: "If I can tell you exactly what your business is, will you give me back my animal?"
-"OK, why not" answered the young man.
-"Clearly, you are a consultant" said the shepherd.
-"That's correct" says the yuppie, "but how did you guess that?"
-"No guessing required" answers the shepherd. "You turned up here although nobody called you. You want to get paid for an answer I already knew, to a question I never asked, and you don't know crap about my business.... Now give me back my dog".


Yep. New project. Full-day. CTM meeting. Kick-Off meeting. A load of brand-new 3-letter acronyms and I'm feeling... hollow.


Monday, May 30, 2005

Monday, May 23, 2005

efeito charro

Felizmente há também aqueles momentos em que a caixinha mágica nos deixa concentrar todos os neurónios nas excentricidades alheias – Sete Palmos de Terra.

nem só de pão vive o homem…

Reportagem na TVI (faço sempre um esforço para perder estes momentos magníficos mas desta vez a televisão estava sintonizada no canal 4): benfiquista, dono de café, aumenta o preço das refeições após promessa de 8 anos. Pois então, não é verdade que existe neste país um energúmeno que desde 1997 cobrava 5 euros por refeição, à custa dos campeonatos não ganhos pelo Benfica! Aparentemente, “bóia” completa incluindo o bagacito terminal – e viva o preciosismo jornalístico. Está claro que o editorial da mais generalista (o que quer dizer esta palavra?) das tevês cá da terrinha não ia perder a oportunidade de continuar a estupidificar as massas com mais este petisco. Aposto que em poucos minutos houve pelo menos dois ou três lagartos, donos de tascas, a fazerem os seus votos de repasto ou bicazita a preço constante até à próxima vitória do Sporting.

Explicação simplista do que foi a Idade Média: período negro da História entre o final dos jogos de Circo e a descoberta do Futebol. (durante o Renascimento, havia o Palio)

sound-bytes

1990 foi o ano em que, juntando os tostões amealhados dos presentes monetários de tios e avós, comprei a minha primeira aparelhagem com leitor de CD. Era uma Sony baixa-gama de três blocos que me custou exactamente 100.000 escudos numa loja das Amoreiras e tinha uns magníficos 45 watts de potência. (pura curiosidade, acabei de encontrar o modelo à venda no eBay com base de licitação de 2,5 euros!).
Veio substituir o gira-discos que me ocupava metade de um bloco de armário, em que a garantia de som quasi contínuo era assegurada por um objecto único, em forma de caneta, cujo mecanismo incompreensível permitia ouvir sequencialmente três discos vinyl, ou melhor, as três faces que ficavam para cima quando se montava “a pizza”. Pois a bela da Sony foi devidamente amortizada ao longo de 9 anos – sujeitando-se a pelo menos dois arranjos que devem ter custado tanto quanto o preço original – passando à reforma com a aquisição da compacta Denon de 100 watts – evidentemente, com três imprescindíveis gavetas de CD capazes de assegurar o som do menino horas a fio, i.e., em rotação contínua até fartar.
Ora se ao longo desses anos foi necessário alimentar os apetites vorazes destas máquinas, com visitas frequentes à Valentim de Carvalho (ainda existe?) e à Fnac, a partir do momento em que a boa da Denon se deixou ligar ao PC cá da casa, deu-se a transição radical para o .mp3. A colecção formato Compact Disc acumula pó ou faz viagens ocasionais de popó e a ligação ADSL assegura o download de sound-bytes suficientes para uma vida eterna.
E hoje, encontrei uma preciosidade memorável: o concerto dos Trovante no Pavilhão Atlântico em 1999, cheio das eco-anomalias (aqueles sons estridentes do microfone demasiado próximo do altifalante) e da intensidade da causa timorense de que me recordo, e senti a mesma estranheza da altura quando o Represas e meia dúzia de alentejanos começam com o militante “Chão nosso libertado / revoltado / agitado…”.

Tuesday, May 17, 2005

ópio do povo

Dou um giro pela blogosfera e concluo que, como não poderia deixar de ser, na bela nação à beira mar plantada o tema do momento é o derby do fim-de-semana. Como não pretendo falar de bola no Ripples, limito-me a dizer: eu estive lá! Lá, na “catedral” que até aos 83’ mais parecia um sepulcro e que depois aguentou em pé até ao apito final. Se o merecíamos? Em boa verdade, não. Mas depois de aturarmos a “lagartagem” semanas a fio, soube-me bem esta segunda-feira em que sem xingar os verde-brancos lhes pude mostrar o meu sorrisinho pepsodent-cínico-nº-1-0. Embora não vislumbre o paralelismo, rendo-me ao erudito “tio Marcelo” com o seu: Audaces Fortuna Juvat. E zuca… já está!

Friday, May 13, 2005

deus do céu!

Ora aí está um candidato a pior filme do ano: Kingdom of Heaven ou "Reino dos Céus". Valeu a companhia, boa e cheirosinha.

Wednesday, May 11, 2005

Babel

Gosto da alegoria bíblica da Torre de Babel. Basicamente, a humanidade do tempo em que a Terra ainda era hipoteticamente plana decidiu unir-se em torno de uma grande causa e construir uma magnífica torre para chegar ao Céu.

The view from here's breathtaking
My visions all surrounding
The humans look like insects
There is only one way down
But it's cold and lonely in this stratosphere

Deus, chateado com a presunção do Homem, decidiu confundir a linguagem e pôs os construtores a falarem diversos idiomas. Os homens deixaram de se fazer entender e a torre ruiu.

And it's whispered that soon, if we all call the tune
Then the piper will lead us to reason
And a new day will dawn for those who stand long
And it makes me wonder...

Tuesday, May 10, 2005

já fui brilhante

Esta manhã dei por mim, a caminho do escritório, a constatar que “já fui brilhante”. Mas já não sou. Já não sou mais. Tive a porra de uma entrevista telefónica com o director de qualquer coisa semelhante ao “Internal consultancy department” de uma das maiores multinacionais do planeta, uma mesmo do top30 do ranking Business Week 2004, para uma posição daquelas que devem dar mesmo pica – reporting directo a nível do VP, interacções por essa Europa fora e nos States, package até 55kGBP, etc. Pois, como está bem de ver durante os 30 minutos de tempo de antena, parecia um borrego afectado por encefalopatia espongiforme. Enrolei o meu inglês todo, disse duas ou três banalidades e cheguei ao final a desejar que o suplício terminasse rapidamente. Já no outro dia, quando decidi rever os brilhantes reports que produzia há uns anos atrás, tinha tido esta estranha sensação. Hoje em dia, praticamente não sou capaz de produzir nada de verdadeiramente útil sem me inspirar em coisas que fiz (ou outrem fez) no passado e recorrer ao “copy-paste”. Sou um zero à esquerda. Acabou-se. E se me vou safando em estilo é porque ainda sou um “favorito da fortuna”, i.e., a sorte protege-me. Mas porquê? Na escolinha primária era tão bom que me dava ao luxo de ser “distraído” – pelo menos é o adjectivo que me ficou das cadernetas escolares e até servi de case-study a uma grupeta de psicólogos estagiários. Até ao 9º ano, era, em parceria com outro Ricardo, o 2º melhor da turminha – quase tudo cincos e despreocupado porque achava a “número um” um encanto. Do 10º ao 12º mantive-me nos 20% do topo – os outros eram mais ou menos nerds (sorry folks!) excepto a minha namoradinha. Entrei para a universidade sem muito estudar e ainda assim com 15 pontinhos de margem – é certo que contando com 6 da bonificação. Por lá me arrastei em desespero – quem maus hábitos cria… E depois, viva o mercado de trabalho: desde que se goste disto, é sempre a subir e viva os aumentos chorudos. Mas a verdade é que o brilhantismo se perde por volta dos 27 – como demonstrado no Pravda do capitalismo moderno:

Bom, no caminho para casa tive um assomo do brilhantismo perdido e decidi escrever ao senhor entrevistador – que ainda para mais era excepcionalmente simpático – a destacar as excelentes capacidades – que já não possuo – e que o devem convencer a contratar-me. Pois, como diria o outro: “Alea jacta est”.

Sunday, May 8, 2005

céu de baunilha

Chego a casa e dou por mim a ver a última parte do “Vanilla Sky” na TV. Há uns anos atrás vi o original “Abre los ojos” após recomendação de um amigo espanhol cinéfilo. Pareceu-me básico mas ainda assim encantador. Em síntese, gostei. O adultério da versão “américa” põe-me a pensar se este espaço-tempo de vida vivida numa sociedade condenada à visão hollywoodesca das coisas resultará em algo de positivo?

Buscando resposta, embora contrariado, recorro a “postar” uma das mais belas musiquinhas dos James (estes pelo menos são bifes) – Alaskan Pipeline:

You might as well surrender now
You'll never hold that stance
With all my words
I can't find one
To help you understand
It's not too late
Take up the cup
Put down your weapons and choose
But you say," life's so unfair"
All you say is "life's so unfair."
Oh you can ill afford to hold to these views
Oh you need something to blame
But it's you, yes it's you
It's your truth

Someone made you
I don't know if you're sick
I comfort. You runaway
My sympathy. You twist it.
You're reflex. Gets in the way.
You Mother me. I son you.
You act up. I can't get through.
These footsteps so ancient.
In your eyes I'm your infant.
Your ancient. Full circle.
In my eyes You're my infant.
Dead ball in our court
We've got a dead fall in our court

You just say, "life's so unfair."
You just say, "life's so unfair."
You need something to blame
But it's you, yes it's you
It's your truth

Wednesday, May 4, 2005

And the winner is…

Isto de se ganhar um projecto grande tem mesmo um gostinho especial. Não é bem como uma gala de entrega de prémios mas para os cinco da vida airada que passámos o início de Abril em maratona a fazer proposta e o resto do mês a produzir intermináveis adendas de esclarecimentos, o telefonema desta tarde trouxe ânimo e vontade de comemorar. E depois a notícia propaga-se e é ver as faces risonhas dos mais novatos a sentirem a “pica” do sucesso e o maldito – só funciona quando as coisas correm bem – corporativismo da consultoria. Até parece que esta vidinha faz sentido!