Saturday, October 6, 2012

Sabujos – Os portugueses pelo mundo (post maldizente)

Seguindo recomendações várias vejo de enfiada três episódios dos “portugueses pelo mundo”. São Paulo, Dubai e Rio de Janeiro. Escolhidos a dedo...

Conclusões imediatistas e tristes:

Os “portugueses pelo mundo” perdem rapidamente o bom Português mas não são capazes de aprender Árabe.

Os “portugueses pelo mundo” são, representativamente, netos do Vasco Granja (não somos todos?), obesos alimentados a tâmaras e ganzaditos que curtem as favelas.

Os “portugueses pelo mundo” são todos sabujos alternativos e grandes entusiastas (a sério?) dos destinos que puderam escolher.

Os “portugueses pelo mundo” acham-se eruditos, criativos e cheios de valor – tomara que a soberba fosse igual entreportas. 

Os “portugueses pelo mundo” vestem-se sobejamente mal e caminham desengonçados por ruas que os avós ajudaram a construir.

Os “portugueses pelo mundo” escolhem como spots favoritos os obviamente turísticos, mas se calhar é culpa dos produtores.

Os “portugueses pelo mundo” parecem todos filhos de padeiros, género machista ou semi-gay, sem reais sinais de sucesso.

Enfim, os “portugueses pelo mundo” são uns perdidos. Aos produtores deste programa, aplicava-lhes já a receita da minha Namorada, mas de forma mais radical: fuzilava-os a todos.

Seguem-se os “portugueses pelo mundo” de Tóquio. Cheio de esperança...

Não vou ser óbvio e plantar aqui uma bandeira invertida, prefiro um “Viva o Rei!” (atrasado por culpa do confuso horário)...


Wednesday, September 26, 2012

Certo correcto (post feliz)

O certo é quando dás por ti a lavar a loiça com um sorriso generoso reflectido nos quadrados de vidro. O correcto é tudo o que queres daqui para a frente com o coração a bater excitado.


Sunday, September 23, 2012

Sábado post scriptum

Acordou nas mãos maravilhosas dela. Perdido. Acariciado. Deambulou pela cidade, de Sul para Norte, pelo Centro. Explicou as paralelas e as perpendiculares. Almoçou italiano, diante do outro, a recordar a outra vez ao som do pizzicato do contrabaixo de serviço e a sonhar com a Cello. Cielo. Acelerou rumo ao Sul desfazendo o “dia sem carro” por entre o mar de bicicletes incautas. Jantou árabe com pressa de chegar. Deitou-se sem sono à espera do despertar.


Monday, September 17, 2012

Portugal visto à distância… cuecas amarelas

Por uma vez curioso, repus a emissão da RTP1 no iPad para ver as imagens do que se teria passado ontem nas manifestações a que os jornais daqui não fazem referência (mas falam das da Catalunha). Encarnando o alienígena foquei-me no monólito enquanto o telejornal mostrava os cartazes com dizeres ofensivo-engraçados e os meus conterrâneos vestidos de verão e parecendo ainda mais extraterrestriais do que eu, enquanto ponderava a falta que, eventualmente, ali faziam uns tipos de camisas-às-risquinhas ou monogramas no peito e barbas bem-feitinhas ou uns quantos padres de batina engomada. Na figura de estilo sucinta, o problema geral das manifestações é que acabam menos democráticas do que o parlamento que pretendem insultar. Faltam ali indignados representantes das classes A e B, esses que realmente têm a capacidade de fazer mudar o rumo. Há lá marinheiros, mas prima a ausência dos que verdadeiramente conseguem transformar: armadores, comandantes e, essencialmente, navegadores. Ao contrário do aspiram os ditados, não há na História quase milenar da Nação uma mudança como a sugerida que tenha sido conduzida pela arraia-miúda. Isso dos “sans-culottes” é para países com outras tradições de lingerie para além das cuecas amarelas. Para mim, isto ficou claro com os discursos balbuciados dos entrevistados pela televisão, por agora estatal, que certamente chumbariam na PGA. Convençam os privilegiados de boxers a cantar o “Nós só queremos…” e aí pode ser que alguma coisa mude. Até lá, deixemo-nos de idealismos porque alguém tem que pagar a conta, primeiro. Custa e pode até doer, mas ninguém vos obrigou a gozar o pratinho dos últimos 20 anos.


Friday, September 14, 2012

iPlano vs. usPlano (nonsense post)

Enquanto adormece eu passo-lhe os dedos sobre o rosto, carinhosamente, na superfície plana de sílica. Os tipos inovadores da maçã ainda não inventaram o iTouch realmente perfeito para transmitir o toque de cá para lá e também o iSmell para me chegar o perfume de lá. iAbéculas os tipos que ainda não chegaram à fórmula certa do usPlano e por agora é iPlano por concretizar, e a espera pela posição correcta dos planetas.