Quase a adormecer ela pediu-me “Escreve-me uma história
gira...”. E a história surgiu-me enquanto pendurava umas quantas camisas,
saídas da máquina, no estendal.
A casa do alpendre de madeira grande ficava no sopé de
uma montanha verde que se erguia sobre o mar. Batida pelo vento quente da manhã
e refrescada ao final da tarde, da casa partia um caminho estreito pela encosta
abaixo para a praia escondida. Na areia branca e macia as espreguiçadeiras confortáveis
e protegidas do sol por um chapéu enfeitado de palha. O mar de ondas sem espuma
quase chegava à posição daquele recanto. Estendi-me na toalha azul bonito e
compus a do par ao lado. Fiquei a olhar o movimento da água entre os pés
bronzeados até a ver sair do mar no biquini perfeito, a espremer o longo cabelo
meio embaraçado por entre o snorkel. Encostou-se a mim e envolvia-a num abraço
molhado enquanto me mostrava a fotografia na câmara à prova de água.
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:-)
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