Uma das primeiras imagens que guardo da vida é a de descer os degraus de cimento da estação do metropolitano em Sete-Rios pela mão do meu pai e de o fazer voltar para trás quando o metro chegou à estação. Devia ter uns quatro anos e naquela altura o metropolitano de Lisboa começava (ou acabava) ali mesmo, junto ao Jardim Zoológico. Naquela altura eu vivia ao pé de uma Estrada percorrida por eléctricos dos amarelos que não me assustavam e eu gostava de ver passar. Reencontrei os eléctricos, em formato mais moderno, quando vivi junto a uma Diagonal, num tempo em que fui feliz de uma forma muito superficial. Hoje moro ao lado de uma Marginal, onde o corrupio de automóveis, comboios, bicicletas na ciclovia, helicópteros a aterrar e aviões em aproximação é maior do que podia imaginar. Aqui não passam eléctricos e também não se vêem barcos a navegar a espécie de rio mas as possibilidades são maiores.
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