Passei os últimos dias a debelar uma constipação provocada pelos excessos da maior invenção do século passado – o ar condicionado. Pensar assim, no século passado, faz-me sentir antigo e, a espaços, isso até é engraçado.
Num destes dias tomei o pequeno-almoço ao lado de um japonês de meia idade. Quando terminou de comer a sua taça de arroz – sim, os japoneses comem arroz, e peixe também, ao pequeno-almoço – desembrulhou de um lenço cor-de-rosa pelo menos uma dúzia de pílulas que tomou vagarosamente, uma a uma e uma a seguir à outra, com o auxílio de um copo de água.
Noutro destes dias passei o dia com um gordo que passou o dia com um daqueles aparelhómetros bluetooth que se pespegam na orelha para se falar ao telefone sem mãos e sem fios. Não o vi tirar o dito para as refeições e também não lhe deu descanso quando se agarrou ao microfone no karaoke.
Esta noite, quando puxei do cartão de crédito para oferecer o jantar à equipa de projecto, constatei uma vez mais a imbecilidade da cor de alguns cartões que deixam sempre os empregados confusos com o chip e insistem em passa-lo pela banda magnética insistindo em estragar-me o plástico do qual dependo para sobreviver.
Praticamente curado da constipação sou assolado por uma grande insónia, confirmando que uma king size me faz sentir perdido no espaço quando me faltam os abraços e as longas conversas cúmplices pela noite fora.
Amanhã embarco para a primeira mão da maratona de 18 horas sentado num avião a tentar contrariar os ventos subtropicais de ambos os hemisférios, sabendo de antemão pelo seatguru que me calhou o lugar do meio encalhado numa configuração 2-3-2 de um Boeing 777. O tipo que inventou os lugares marcados com a reserva devia ser chacinado.
Num destes dias tomei o pequeno-almoço ao lado de um japonês de meia idade. Quando terminou de comer a sua taça de arroz – sim, os japoneses comem arroz, e peixe também, ao pequeno-almoço – desembrulhou de um lenço cor-de-rosa pelo menos uma dúzia de pílulas que tomou vagarosamente, uma a uma e uma a seguir à outra, com o auxílio de um copo de água.
Noutro destes dias passei o dia com um gordo que passou o dia com um daqueles aparelhómetros bluetooth que se pespegam na orelha para se falar ao telefone sem mãos e sem fios. Não o vi tirar o dito para as refeições e também não lhe deu descanso quando se agarrou ao microfone no karaoke.
Esta noite, quando puxei do cartão de crédito para oferecer o jantar à equipa de projecto, constatei uma vez mais a imbecilidade da cor de alguns cartões que deixam sempre os empregados confusos com o chip e insistem em passa-lo pela banda magnética insistindo em estragar-me o plástico do qual dependo para sobreviver.
Praticamente curado da constipação sou assolado por uma grande insónia, confirmando que uma king size me faz sentir perdido no espaço quando me faltam os abraços e as longas conversas cúmplices pela noite fora.
Amanhã embarco para a primeira mão da maratona de 18 horas sentado num avião a tentar contrariar os ventos subtropicais de ambos os hemisférios, sabendo de antemão pelo seatguru que me calhou o lugar do meio encalhado numa configuração 2-3-2 de um Boeing 777. O tipo que inventou os lugares marcados com a reserva devia ser chacinado.
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