Friday, August 13, 2010

Ghardaia

Naquele dia, há cerca de 1 ano atrás, chegámos cedo ao Meco e alugámos uma palhota na 1ª linha. Ao contrário de hoje, não fazia vento. Emprestaste-me o “No teu deserto” que eu devorei em 3 horas, mesmo fazendo intervalos de tempos a tempos para conversar contigo. Partilhámos uma sangria enquanto eu te falava de Ghardaia e Le Corbusier. Quando terminei o livro, disse-te por palavras suaves e escolhidas que necessitava de voltar a amar. Tu não me quiseste entender e desfizeste a conversa, dizendo-me com lágrimas nos olhos que talvez se tratasse de uma fase. Não era assim. Amanhã, partes para o Nepal e eu só espero que já não me leves contigo, porque sei o que isso dói. Eu por mim, também partia, já amanhã, para Ghardaia.

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