Tenho muitos amigos que
acreditam verdadeiramente em Deus. Têm fé. Sempre que penso neste assunto,
lembro-me de uma conversa com uma amiga minha, num autocarro no caminho para
Londres que, com alguma soberba mas também com gentileza, me disse com palavras
sábias, reservadas a quem acredita em Deus e tem fé – adesão absoluta do
espírito àquilo que se considera verdadeiro –, que respeitava o meu pensamento
ateísta e que cada um encontrava a sua própria verdade, e umas horas depois
encontrou o (então) namorado, justamente e por acaso, em plena estação do metro
de Tottenham Court Road, deixando-me boquiaberto com a sorte, ou a fé, de o
encontrar assim entre ~ 10 milhões de almas, nos torniquetes da estação.
Tínhamos 16 anos, éramos felizes à nossa maneira e ela tinha toda a fé que eu
não tenho.
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