Tuesday, January 18, 2011

8 de Agosto

Por vezes lembro-me daquele dia de Agosto em que parti para férias. Saí depois de um almoço ligeiro, um ovo cozido com uma fatias de salmão fumado e folhas de alface que encontrei no frigorífico, já lavadas. Deitei uma pitada de pimenta por cima daquilo tudo, só porque me apetecia mas exagerei e quando atravessava a ponte sentia-me indisposto. Sobre o rio, reparei que o céu estava amarelo-castanho e começou mesmo a chover, chuva grossa daquela que tira a visibilidade a grande velocidade. Sentia-me pesaroso, creio até que a chuva me induzia lágrimas nos olhos e apetecia-me o 125 azul, mas aquela não era a ponte velha nem fazia sol e o que tocava no meu CD era “The xx” que na minha superstição diminuta eram as músicas do fim. Foi já depois de passar a portagem, deixando a auto-estrada para trás e enveredando para a Comporta, com o CD em repeat, que recebi a mensagem, bonita e simples, depois de meses passados em silêncio ou em frases contraditórias. Mas aquela tua mensagem, no meu BB, era firme e deixou-me seguro da certeza de quem sabe o que quer, de quem sabe que há uma espécie de amor que é mais do que real, que nos faz sentir para lá de vivos. E eu gosto mesmo de explorar as sensações que me deixam a flutuar quando olho para ti e que me fazem escrever estes textos quase sem nexo, porque tu me fazes sentir assim.
Abraço.

2 comments:

Papoila Bem Me Quer said...

Menos pimenta e mais limão...

Papoila Bem Me Quer said...

... ou lima!