Para mim, o melhor de viajar é a visão alargada do mundo que me entra forçosamente pelos olhos adentro. Hoje de manhã, vinha pespegado à janela do A319 e quando passámos as nuvens, logo à saída de Lisboa, dei por mim bafejado pelo sol nascente e quente sobre o meu rosto. Só por isso e pelo contraste deslumbrante das nuvens escuras lá em baixo, tive logo meia dúzia de ideias brilhantes para coisas que quero fazer, negócios milionários e textos para escrever. Entre os negócios, lembrei-me que talvez seja viável proporcionar voltinhas de avião em formato solário nas temporadas de Inverno: os ciclos no hemisfério Norte ou Sul asseguram facturação todo o ano; voar está cada vez mais barato; e apenas seria necessário investir numa fuselagem em plexiglass, mais umas cadeiras de respaldo e nuns guarda-sóis listados. Brilhante, eu sei (mais uma ideia de borla para quem lê o blog).
Agora, estou aqui em modo solitário no “lounge” do “home hub” da “flagship”, à espera do transatlântico (com esta palavra imagino sempre um grande navio, pr’aí do tamanho do Titanic, a atracar, quando na realidade o que se vê daqui são aviões a levantar). Entalado entre o buffet onde pairam duas tortillas de espécies diferentes mas que sabem igualmente a “patatas” e uma escolha demasiado abundante de Riojas já abertos à espera que eu me sirva (quando eu queria que alguém me servisse). O espaço (grande) está pejado de israelitas (suspeitosamente existem dois voos para Tel Aviv com diferença de 70 min…) que parecem todos da Mossad (devem ser colegas…) a arranharem o hebreu, enquanto olham para mim como se fosse a ovelha negra (talvez por ser o único que me vou meter no transatlântico de fato).
Voltando às ideias (feito o tributo aos agentes aqui do lado, por serem inovadores como poucos povos), nós os portugueses parece que ligámos)em definitivo o complicómetro:
- Há uns dias atrás, foi a cena das vacinas dos viajantes que supostamente passaram a ser pagas (há uns locais em que ainda não, porque não foram capazes de interpretar correctamente as novas regras), excepção feita (no reino do complicómetro, esta expressão é chave) a quem viaja em trabalho humanitário ou ao abrigo do interesse nacional (como se prova isso, ninguém pensou).
- Uns meses antes, foi a história da cobrança das portagens “sem custos” que, lá para o Norte, parece que resultou na procura da A3, porque essa se cobra da forma tradicional e sem a confusão das excepções às excepções das complicações.
- Hoje, a novidade (leio na imprensa nacional) é que os “veículos mais poluentes vão ser proibidos de entrar na Baixa de Lisboa” e eu pergunto-me se alguém no país do complicómetro pensou como vai controlar isso e o que vão fazer com os Mercedes 180 D importados da Turquia.
E pensar que este povo, modesto mas iluminado já foi capaz de feitos tão simples quanto plantar um pinhal a pensar no futuro ou lançar-se mar adentro sem destino conhecido.
Nesta altura já vou no meu terceiro whisky, para ajudar à digestão das “patatas” e ainda me falta 1 hora para o embarque no transatlântico, mas pelo menos vou dormir que nem um bebé (dos tranquilos).
Agora, estou aqui em modo solitário no “lounge” do “home hub” da “flagship”, à espera do transatlântico (com esta palavra imagino sempre um grande navio, pr’aí do tamanho do Titanic, a atracar, quando na realidade o que se vê daqui são aviões a levantar). Entalado entre o buffet onde pairam duas tortillas de espécies diferentes mas que sabem igualmente a “patatas” e uma escolha demasiado abundante de Riojas já abertos à espera que eu me sirva (quando eu queria que alguém me servisse). O espaço (grande) está pejado de israelitas (suspeitosamente existem dois voos para Tel Aviv com diferença de 70 min…) que parecem todos da Mossad (devem ser colegas…) a arranharem o hebreu, enquanto olham para mim como se fosse a ovelha negra (talvez por ser o único que me vou meter no transatlântico de fato).
Voltando às ideias (feito o tributo aos agentes aqui do lado, por serem inovadores como poucos povos), nós os portugueses parece que ligámos)em definitivo o complicómetro:
- Há uns dias atrás, foi a cena das vacinas dos viajantes que supostamente passaram a ser pagas (há uns locais em que ainda não, porque não foram capazes de interpretar correctamente as novas regras), excepção feita (no reino do complicómetro, esta expressão é chave) a quem viaja em trabalho humanitário ou ao abrigo do interesse nacional (como se prova isso, ninguém pensou).
- Uns meses antes, foi a história da cobrança das portagens “sem custos” que, lá para o Norte, parece que resultou na procura da A3, porque essa se cobra da forma tradicional e sem a confusão das excepções às excepções das complicações.
- Hoje, a novidade (leio na imprensa nacional) é que os “veículos mais poluentes vão ser proibidos de entrar na Baixa de Lisboa” e eu pergunto-me se alguém no país do complicómetro pensou como vai controlar isso e o que vão fazer com os Mercedes 180 D importados da Turquia.
E pensar que este povo, modesto mas iluminado já foi capaz de feitos tão simples quanto plantar um pinhal a pensar no futuro ou lançar-se mar adentro sem destino conhecido.
Nesta altura já vou no meu terceiro whisky, para ajudar à digestão das “patatas” e ainda me falta 1 hora para o embarque no transatlântico, mas pelo menos vou dormir que nem um bebé (dos tranquilos).
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