É daqueles ideais absolutamente fascinantes para as crianças que aprendem a história na escola. Não há cá herói de banda desenhada capaz de o suplantar. Aprende-se que virá numa manhã de nevoeiro denso como o algodão-doce. Sonha-se com o desembarque majestoso numa praia de areia molhada. Peripatético, porque atravessa o tempo com desdém. E a partir daí, espera-se pelo desejado. Estou certo que muitos Portugueses pensaram nele, nesta manhã – dia – de nevoeiro total em Lisboa. Pensaram que talvez, desta vez, surgisse o Rei para os salvar do absurdo em que viram transformadas as suas vidas ao longo dos últimos anos. E eu imagino-os a escrevinharem “Viva o Rei!” no boletim de voto. Mas afinal, é só o clima que está a mudar – e eu tive uns professores de História um bocadinho “fascizóides”.
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