É enquanto passas o Wok por água e observas as bolhas de
sabão que se formam sobre o redondo do metal que te apercebes do excesso de
cansaço impregnado em ti.
Estás cansado, miúdo. Estás a precisar da espécie
certa de calma que só encontras com o calor próprio do verão que é teu e com o
mar a rebentar à tua frente, quando encostas a cabeça à toalha de praia. Estás
a desejar as sensações elementares que te fazem sonhar. Estás a necessitar de sentir
amor, daquela espécie que faz de ti precioso e preciso. Queres a mão que te
afaga o cabelo comprido, capaz de te fazer sentir descontraidamente vivo.
Queres a troca de disparates numa conversa sincera e o sorriso reconhecido de
quem gostas de verdade.
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