Monday, December 17, 2007

Pi-nó-ni...pi-nó-ni…

Ah, e esta agora de Lisboa parecer ter sido geminada com Nova Iorque e todo o maldito carro da polícia e a santa ambulância – em ambos os casos o número de voitures parece ter aumentado exponencialmente nos últimos tempos – não serem capazes de circular sem a bela da sirene a azucrinar os frágeis tímpanos do povão!?!

Friday, December 7, 2007

Portugal pós-moderno


Em definitivo, o que me faz subir a mostarda ao nariz neste Portugal pós-moderno:

1) Jornais gratuitos

Já não bastava a péssima imprensa paga (e pesada em termos de papel mal-gasto) e não é que decidiram importar a ideia da distribuição gratuita de jornais em cada semáforo de Lisboa. Existirá uma boa meia-dúzia de pasquins sofregamente entregues por brasileiros mal-pagos, miúdos andrajosos e raparigas produzidas (em plena competição!) aos estremunhados e mais que muitos solitários automobilistas que tentam chegar (ou nem por isso?) ao trabalho (ou será emprego!?).


2) Iluminações de Natal

Em cada ano que passa, começam mais cedo e são mais feias (o termo técnico é mesmo feias). Deve tratar-se de um negócio da China, sem demonstração prática do benefício directo para os enganados comerciantes que supostamente pagam a respectiva instalação sem pensarem que provavelmente as vendas da quadra natalícia seriam exactamente iguais sem as estrelinhas a piscar rua sim, rua sim.


3) Sensação de insegurança latente e não provada

Essa ideia mal engendrada de que é perigoso ou existem riscos em andar pela cidade à noite, como se em cada esquina fosse saltar um perigoso gatuno ou assassino com vontade de assediar o transeunte incauto (e para mais o discurso já gasto de que não se vê um polícia na rua!). Arranjem lá melhor desculpa para ficarem fechados em casa a justificarem as humildes existências, porque para dito peditório não é a Sociedade do “bora lá ver TV” que vai encontrar respostas.


4) Proibido fumar

Num país em que pelo menos metade do parque automóvel é constituído por fenomenais bólides a diesel, sempre com os injectores mal cuidados, a deitarem baforosas doses de fumos negros pelos escapes (já sem falar nos magníficos táxis Mercedes década de 80 que parecem saídos de um qualquer filme turco) está toda a gente muito preocupada com o fuminho dos SG Ventil e com a reserva de espaços para os imaculados pulmões da arraia.