Enquanto vou andando em
marcha-lenta num trânsito nocturno e parado na Faria Lima, amadureço esta ideia
que estagnou no meu pensamento, encaixada entre dois neurónios com dificuldades
de sinapse.
Vive-se melhor, com uma qualidade
muito esotérica, quando se ama a sério. Há um fluxo de químicos depurados e
únicos que estabelecem uma razão e um futuro com sentido e intenções que não
são de todo transparentes mas que são reais. Vive-se num estado de sensibilidade
que nos descola da matéria das estrelas e nos transporta para um universo
paralelo e definitivamente melhor. Vive-se com um significado que só é possível
nas magníficas histórias de amor. É difícil abdicar disto e não é apenas uma
questão da pele contra a pele, dos beijos dados, da voz que nos encanta ou do
cheiro que nos permanece impregnado na alma. É uma questão repleta de palavras trocadas
e que merece ser explorada.
1 comment:
É também uma questão de competência porque o amor não é para todos. Infelizmente :(
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