Wednesday, October 19, 2011

Às magníficas histórias de amor

Enquanto vou andando em marcha-lenta num trânsito nocturno e parado na Faria Lima, amadureço esta ideia que estagnou no meu pensamento, encaixada entre dois neurónios com dificuldades de sinapse.
Vive-se melhor, com uma qualidade muito esotérica, quando se ama a sério. Há um fluxo de químicos depurados e únicos que estabelecem uma razão e um futuro com sentido e intenções que não são de todo transparentes mas que são reais. Vive-se num estado de sensibilidade que nos descola da matéria das estrelas e nos transporta para um universo paralelo e definitivamente melhor. Vive-se com um significado que só é possível nas magníficas histórias de amor. É difícil abdicar disto e não é apenas uma questão da pele contra a pele, dos beijos dados, da voz que nos encanta ou do cheiro que nos permanece impregnado na alma. É uma questão repleta de palavras trocadas e que merece ser explorada.

1 comment:

Bípede Falante said...

É também uma questão de competência porque o amor não é para todos. Infelizmente :(