Caro, desta vez, enquanto
escolhia a “Maille au poivre vert” da prateleira, sem ligar ao preço realmente
exorbitante, tentei não recordar a tua história. Mas como já devia saber – toda
a gente o sabe –, é impossível pretender não pensar, sem pensar. Faz parte e é
indissociável – gosto desta palavra, indissociável, tem um sentido romântico
que nos põe a pensar. Sobe-nos ligeiramente ao nariz, como deve fazer uma boa
mostarda, e esta sobe bem, ligeiramente – um dia destes, crio um novo blog
chamado “alors moutarde”, só porque me apetece, para contar as poucas vezes que
a mostarda me subiu ao nariz de forma intensa – têm sido poucas, porque tenho
vivido uma vida boa. Retomo a tua história que não quero para mim, mas pelo
menos tu tens dois rebentos que te enchem a alma. A minha vai ser diferente,
mesmo que a um preço exorbitante.
No comments:
Post a Comment