Quem me conhece sabe que não
acredito na espécie de amor feita de sofrimento. Para mim, amar é uma coisa
boa, um sentimento nobre capaz de nos transformar para expormos o melhor que
temos dentro de nós. Implica sermos verdadeiros, revelarmos e sermos capazes de
ser nós próprios, sinceros e sem máscaras. Este tipo de amor não se deita fora,
deita-se cá para fora, sob a forma de palavras, de carinho e de demonstrações
únicas do que sentimos em exclusivo pela outra pessoa. Não há lugar para
silêncios, excepto os cúmplices que assumem um formato de conforto só possível
quando se alcança o último grau de intimidade. Não há questões e as dúvidas
dissipam-se com uma troca de olhares. Não há lugar para o ciúme, porque o
passado fez a sua parte, as possibilidades presentes são apenas paisagem e o
futuro é o que queremos para nós. Para mim, o amor assume-se com o toque
perfeito das mãos dadas, as ideias partilhadas e a forma como acordamos a
sonhar com aquela pessoa. Já me disseram que sou um romântico, como se tivessem
encontrado um lunático, mas não me importa porque afinal fui capaz de chegar
até aqui, onde a vida nos proporciona um significado.
(pequena traição ao C&H)
2 comments:
Gosto do teu tipo de amor. Aquela roleta russa de emoções angustiantes não é para mim. É para ser simples, tranquilo, forte. Ser amor.
Amor cheio de sofrimentos é neurose! Não carrego comigo também.
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