Tuesday, November 29, 2011

Do amor sem outros demónios

Quem me conhece sabe que não acredito na espécie de amor feita de sofrimento. Para mim, amar é uma coisa boa, um sentimento nobre capaz de nos transformar para expormos o melhor que temos dentro de nós. Implica sermos verdadeiros, revelarmos e sermos capazes de ser nós próprios, sinceros e sem máscaras. Este tipo de amor não se deita fora, deita-se cá para fora, sob a forma de palavras, de carinho e de demonstrações únicas do que sentimos em exclusivo pela outra pessoa. Não há lugar para silêncios, excepto os cúmplices que assumem um formato de conforto só possível quando se alcança o último grau de intimidade. Não há questões e as dúvidas dissipam-se com uma troca de olhares. Não há lugar para o ciúme, porque o passado fez a sua parte, as possibilidades presentes são apenas paisagem e o futuro é o que queremos para nós. Para mim, o amor assume-se com o toque perfeito das mãos dadas, as ideias partilhadas e a forma como acordamos a sonhar com aquela pessoa. Já me disseram que sou um romântico, como se tivessem encontrado um lunático, mas não me importa porque afinal fui capaz de chegar até aqui, onde a vida nos proporciona um significado. 

 (pequena traição ao C&H)
 

2 comments:

Pipoca dos Saltos Altos said...

Gosto do teu tipo de amor. Aquela roleta russa de emoções angustiantes não é para mim. É para ser simples, tranquilo, forte. Ser amor.

Bípede Falante said...

Amor cheio de sofrimentos é neurose! Não carrego comigo também.