Thursday, March 1, 2012

Os cativos

- E agora que nos reconheço cativos, o que esperas que faça?
- Que decidas fazer-nos felizes.
- E deixar tudo?
- Deixar não é um verbo dos meus, não quero que seja dos nossos. Moldar é um bem melhor, e eu e tu temos neurónio suficiente para conseguirmos moldar as nossas vidas sem tu teres que abdicar do que também é importante para ti.
- E como faço isso, com a distância?
- Como tu quiseres, é mais fácil do que parece, decides onde queres estar, sabendo que estou sempre cá por e para ti, e que me fazes bem.
- Não posso fazer-nos bem, à distância!
- Fazes sim, está cientificamente provado, pela realidade dos tempos que foram passando sem que o resultado fosse o que pretendias. E eu acho que foste convicta, convincente e persistente, mas não se revelou suficiente para abdicarmos. Abdicar não é mesmo um verbo dos nossos, espero que o tenhas entendido. Isto, o que criámos é diferente, diferencial como eu gosto. O mundo está cheio de vulgaridade, de gente impensante que se limita a viver o dia-a-dia sem noção dos sentimentos reais. São procrastinadores do que lhes está reservado, provavelmente felizes no modo em que vivem. Nós, nós preferimos a capacidade de compreender, de saber e de tomarmos decisões para o caminho das nossas vidas. Eu e tu somos diferentes, uma “Bande à Part”, arrogantes mas simpáticos q.b. com os demais. E tudo faz sentido.
- Escreves bem mas não me convences!
- Põe o disco, escuta a música e lê-me com cuidado…

Waves
And then goodbye
I live in a wafer thin dream
I, I can't cry
You know the time
Time's not kind

But I remember the way we were
The slow, slow sad love
I wonder do you miss my love
I know you can't
It's just a wave passing over me

What are these waves
They're coming over me
It must be my destiny

2 comments:

Maria Madalena said...

Muito, muito bom. Intenso e muito sensual. Estou a ficar fã :)

Anonymous said...

Adorei :-)