Seguindo recomendações várias vejo de enfiada três episódios
dos “portugueses pelo mundo”. São Paulo, Dubai e Rio de Janeiro. Escolhidos a
dedo...
Conclusões imediatistas e tristes:
Os “portugueses pelo mundo” perdem rapidamente o bom
Português mas não são capazes de aprender Árabe.
Os “portugueses pelo mundo” são, representativamente, netos
do Vasco Granja (não somos todos?), obesos alimentados a tâmaras e ganzaditos que
curtem as favelas.
Os “portugueses pelo mundo” são todos sabujos alternativos e
grandes entusiastas (a sério?) dos destinos que puderam escolher.
Os “portugueses pelo mundo” acham-se eruditos, criativos e cheios
de valor – tomara que a soberba fosse igual entreportas.
Os “portugueses pelo mundo” vestem-se sobejamente mal e
caminham desengonçados por ruas que os avós ajudaram a construir.
Os “portugueses pelo mundo” escolhem como spots favoritos os
obviamente turísticos, mas se calhar é culpa dos produtores.
Os “portugueses pelo mundo” parecem todos filhos de
padeiros, género machista ou semi-gay, sem reais sinais de sucesso.
Enfim, os “portugueses pelo mundo” são uns perdidos. Aos
produtores deste programa, aplicava-lhes já a receita da minha Namorada, mas de
forma mais radical: fuzilava-os a todos.
Seguem-se os “portugueses pelo mundo” de Tóquio. Cheio de
esperança...
Não vou ser óbvio e plantar aqui uma bandeira
invertida, prefiro um “Viva o Rei!” (atrasado por culpa do confuso horário)...