Há uns anos atrás aconteceu-me uma daquelas completamente inexplicáveis. Estava no meu segundo ou terceiro ano de consultoria, entretido com a ideia de que iria contribuir para mudar algumas coisas, criar valor, melhorar as empresas nacionais, blablabla, blablabla, quando um dia ao chegar a casa tenho à minha espera na caixa do correio uma carta. Dirigida a mim, nome e morada escritos “à máquina” sem remetente, selo postal das Filipinas, Pasay City 1300… Estranho, pensei: não me lembro de conhecer ninguém que ande pelas Filipinas. Abro o envelope e lá dentro apenas uma folha de revista rasgada da dita, não identificável, com um artigo «How Top Executives Manage to ‘Do it all’», e um post-it, daqueles tipicamente amarelos 3M, escrito à mão a dizer “Ricardo. Try this. It’s really good!”, assinatura não decifrável mas parecida com um “J”. De forma resumida, o artigo publicitava um livro chamado “The Organized Executive” e marcava pontos com um “If you still measure success by the hours you spend working, you’re missing the point. Success today is the time you spend doing what you want.”.
Está claro que não encomendei o livro mas durante este tempo me interroguei quem seria a alma preocupada que me pregara uma valente partida, de passagem pelas Filipinas, até que há uns dias atrás me lembrei de googlar e encontrei «Who Is “J” Anyway?»
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