Disseste-me há muitos anos atrás duas coisas que me ficaram na memória:
“O próximo milénio será o do regresso ao misticismo.”
“O grande negócio dos próximos anos passa pelo entreter das massas.”
Oh adivinho incauto, parece que estão dados os primeiros passos para a veracidade das tuas predestinações. Se a segunda me serviria de muito não fora eu o fruto dos teus genes, limitado empreendedor e cumulativamente desdenhoso da noção democrática de que há que permitir tudo a todos, já a primeira me assusta desmesuradamente. Dizem os arautos da desgraça que a História se repete, em ciclos temporais matematicamente demarcados. Afirmam com certeza absoluta que regressam os tempos das cruzadas, do choque das religiões ou entre civilizações. E eu papalvo inconsciente agarro-me com firmeza à ideia de que a evolução nos trouxe por um caminho sem retorno em que o racional prevalecerá sobre o místico, desprezando em bom rigor o poder do espiritual, o medo infligido pela fé sobre a lógica dos homens e não querendo acreditar no paralelo entre o “entreter das massas” e a necessidade mentecapta dos meus pares, que não semelhantes, em alimentarem as almas com o pregão dos magos.
“O próximo milénio será o do regresso ao misticismo.”
“O grande negócio dos próximos anos passa pelo entreter das massas.”
Oh adivinho incauto, parece que estão dados os primeiros passos para a veracidade das tuas predestinações. Se a segunda me serviria de muito não fora eu o fruto dos teus genes, limitado empreendedor e cumulativamente desdenhoso da noção democrática de que há que permitir tudo a todos, já a primeira me assusta desmesuradamente. Dizem os arautos da desgraça que a História se repete, em ciclos temporais matematicamente demarcados. Afirmam com certeza absoluta que regressam os tempos das cruzadas, do choque das religiões ou entre civilizações. E eu papalvo inconsciente agarro-me com firmeza à ideia de que a evolução nos trouxe por um caminho sem retorno em que o racional prevalecerá sobre o místico, desprezando em bom rigor o poder do espiritual, o medo infligido pela fé sobre a lógica dos homens e não querendo acreditar no paralelo entre o “entreter das massas” e a necessidade mentecapta dos meus pares, que não semelhantes, em alimentarem as almas com o pregão dos magos.
3 comments:
abordas a questão mística com uma visão medieval... compreendo-te mas não devemos confundir o misticismo com o facciosismo religioso, com a manipulação das massas e a sua estupidificação.
há um lado no místico, o da espiritualidade, das energias, de que gosto. em que acredito. e que é aberto a tudo, a todos, sem obrigar ninguém a nada mais que sentir. sem extremismos.
diz-te isto uma pessoa que acredita nisso mas não anda de saias compridas, lenços na cabeça e a murmurar ohm de cada vez que se chateia, hem!
grande livro esse, o mesmo com esse título!
o mundo caminhará sempre com a razão e com o misticismo, assim é a alma humana, por muito castrada que seja!
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