À falta de informação interessante e de mais notícias parvas tão típicas da saison, os telejornais da terrinha enchem-nos com as estatísticas dos levantamentos e pagamentos multibanco (ao minuto, ao dia e ao cartão) para passarem a mensagem de que “a crise” acabou porque os portugueses “levantaram mais”, “pagaram mais” e, conclusão própria de jornalista letrado mas analfabruto “gastaram mais” (em presentes de Natal, entenda-se). Será que ninguém lhes explica que “antes” existiam menos cartões e mais dinheiro que não passava pelos caixas automáticos... é que se calhar, só se calhar, gastaram o mesmo...
Em formato similar, corre no meio internacional – bastião dessa minha favorita que é a The Economist – a tese de que o download ilegal de música diminuiu a olhos vistos nos últimos anos, e que tal se deve à maturidade dos iTunes, Spotify, bem como dos 2 ou 3 casos de condenações de piratas incautos. Até que alguém mais perspicaz:
SIR – Your article jogged me out of my headphone slumber. I suggest that a reduction in music piracy is not, in fact, due to “smarter” or “harsher” policing, but because most downloaders have filled their boots by now. They have already obtained as much music as they desire and are now merely drip-feeding their hard disks with new releases.
Shaun Askey
Annecy-le-Vieux, France
Isto é, se calhar, mas só mesmo se calhar, já todos “sacámos” musiquinha para uma vida inteira de iPod no ouvido! Counter-economics is a beautiful science...
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