Acordava com a luz a entrar pelo quarto em quantidades pequenas. Sentia o calor do édredon aquecido nos lençóis brancos e do sol a despontar lá fora. Virava-se para o lado e descobri-a no seu lado. Passava-lhe a mão pelo rosto, devagarinho, até lhe envolver os cabelos. Beijava-a um bocadinho acima das bochechas. Ela abria os olhos e a pupila dilatava-se-lhe enquanto se movia para cima do corpo dele, afastando os lençóis e o édredon para trás para ficarem à temperatura perfeita dos seus corpos, numa espécie de abraço bom. “Bom dia, querido”, dizia-lhe, passando-lhe a mão pelos cabelos. E então ele acordou, mesmo, com o ruído de um helicóptero a aterrar no Sheraton mas a lembrar-se do sonho e a querer viver as sensações.
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