Estou no restaurante onde se come o melhor peixinho grelhado de Portugal. Debruçado sobre o Tejo, ao final de um dia solarengo. A brisa entra pelas janelas semi-abertas. Do lado de fora, na esplanada, está um casal com os seus dois filhotes. Dividem um jarro de sangria branca e uma travessa de amêijoas. Parecem entretidos a responder às interrogações inquisitórias dos catraios bem comportados. Ela é extremamente bonita e tem aquele ar afectuoso que se deseja para a mãe dos nossos filhos. Estou em modo “real-time” e gosto da sensação. Oblívio à converseta na minha mesa, vivo o momento. Desfruto o presente em compassos pequeníssimos de tempo. Gostava que a obsessão pelo presente fosse mais prosaica.
3 comments:
se eu andasse a comer peixinho grelhado a beira rio tb estaria relax... assim ando so com a cabeca no ar a sonhar com ferias
Ai, ai...peixinho grelhado! Que delícia e a olhar para o rio, melhor saberá, de certeza!
:-)
Era bom, algumas vezes como nos filmes, viver na pele dos outros durante umas horas ou dias. Ela e os filhos passavam a ser teus, só para sentir essa realidade.
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