O banho-maria é aquele estado em que “se é” mas “não se é bem”. Aquela fase, regra geral infinita, em que “se poderia ser” mas “é melhor assim”. Aquela sensação dúbia e interessante do “pode vir a ser mais” mas “está tão bom como está”. O MEC que teve a graça de ser brilhante, antes de vivermos o pós-modernismo, percebia mesmo disto e escreveu sobre isto dos amores requentados e em banho-maria, dos bicos de fogão que se acedem e apagam para se manter a temperatura, numa crónica muito brilhante que agora não consigo encontrar, entre os livros cá de casa, para plagiar aqui. Mas também não interessa para nada, porque toda a gente sabe do que estou a falar. São aquelas paixões que se mantêm em “hibernação”, só porque “nunca se sabe” o que podem dar, um dia. E isto é bom? Já não sei.
1 comment:
Decididamente, no que toca a relacionamentos, ou sim ou não!!! O meio termo não me chega, mesmo que quisesse não conseguia... Ainda bem!
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