Nova palavra no vocabulário da minha vida.
Desistir não tem glória mas é mais difícil do que persistir. Desistir não tem charme mas é mais complicado do que resistir. Desistir pode confundir-se com “querer esquecer” mas não é a mesma coisa, desistir é cobardia e aplica-se quando não somos capazes de esquecer. Nestes últimos dias, fiz o exercício de rever a minha vida em fast-playback e não consegui encontrar um único episódio em que tivesse decidido desistir de algo que quisesse mesmo (eu era mesmo bom). Desta vez (é uma primeira vez, aprende-se sempre com estas) teve que ser, antes que o excesso de endorfinas me provocasse um enfarte do miocárdio. Preparei então um prontuário para acompanhar a nova palavra do vocabulário da minha vida:
1) Quando acordares a sonhar com o que não podes, levanta-te da cama e sai para correr – já diziam os outros, antigos, “mens sana in corpore sano”.
2) Junta numa lista 3 ou 4 defeitos que, mesmo não sendo verdadeiros, te façam resistir à vontade – com a mentira te convencerás.
3) Agarra-te com força a tudo aquilo que és, às pessoas brilhantes e especiais que foste conhecendo ao longo da vida, aos sítios esplendorosos por onde passaste – é mesmo para isso que o passado persiste na tua memória.
4) Em último caso, aceita que nada tem importância e que podemos estar a viver num átomo da unha do gigante – usar com cuidado, o efeito pode ser uma bomba atómica.
Não sei se aprender a desistir vai fazer de mim uma pessoa melhor, provavelmente não, mas se toda a gente o faz, porquê (para quê) ser diferente? Temos pena.
Desistir não tem glória mas é mais difícil do que persistir. Desistir não tem charme mas é mais complicado do que resistir. Desistir pode confundir-se com “querer esquecer” mas não é a mesma coisa, desistir é cobardia e aplica-se quando não somos capazes de esquecer. Nestes últimos dias, fiz o exercício de rever a minha vida em fast-playback e não consegui encontrar um único episódio em que tivesse decidido desistir de algo que quisesse mesmo (eu era mesmo bom). Desta vez (é uma primeira vez, aprende-se sempre com estas) teve que ser, antes que o excesso de endorfinas me provocasse um enfarte do miocárdio. Preparei então um prontuário para acompanhar a nova palavra do vocabulário da minha vida:
1) Quando acordares a sonhar com o que não podes, levanta-te da cama e sai para correr – já diziam os outros, antigos, “mens sana in corpore sano”.
2) Junta numa lista 3 ou 4 defeitos que, mesmo não sendo verdadeiros, te façam resistir à vontade – com a mentira te convencerás.
3) Agarra-te com força a tudo aquilo que és, às pessoas brilhantes e especiais que foste conhecendo ao longo da vida, aos sítios esplendorosos por onde passaste – é mesmo para isso que o passado persiste na tua memória.
4) Em último caso, aceita que nada tem importância e que podemos estar a viver num átomo da unha do gigante – usar com cuidado, o efeito pode ser uma bomba atómica.
Não sei se aprender a desistir vai fazer de mim uma pessoa melhor, provavelmente não, mas se toda a gente o faz, porquê (para quê) ser diferente? Temos pena.
4 comments:
Eu não consigo, mas sempre inclui na minha lista de defeitos.
Deve faltar-me a maturidade.
Ricardo,
Nós não desistimos, simplesmente seguimos para projectos novos, porque os antigos já expiraram.
Desistir não é a mesma coisa que renunciar, eu acho. Sei lá! :)
Pois, parece que também me falta a maturidade, os projectos novos não me entusiasmam e, cá no fundinho, renunciar ainda não entrou no meu vocabulário. Que seca!
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