Pôs o pêndulo em movimento e afastou-se, recuando com passos seguros. Fixou o olhar naquele ponto absolutamente parado no universo, apesar do movimento constante a cortar o ar impregnado de um cheiro passado. Lembrou-se de como gostava dos edifícios antigos, plenos de pedra, repletos de passos invisivelmente marcados nas lajes. Pensou na ideia insofismável das arquitecturas daqueles lugares únicos, dedicadamente construídos pelas grandes cidades do mundo. Deixou-se absorver pelas memórias da sua Deusa já distante mas ainda tão perfeita no seu pedestal. Percebeu o quanto queria e como desejava que a oscilação do pêndulo o levasse de volta ao “aqui e agora”, aos dias suaves de ternura que lhe marcavam a vida. Escreveu as palavras cheias do que sentia e dedicou-as a ti.
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