Monday, September 20, 2010

o óbvio ou o bom partido

Sabemos bem o que aí vem quando nos colocam a pergunta do tipo: “o que pensas, quando pensas em mim…?”. (deixam arrastar as reticências, antes do sentido de interrogação – na verdade trata-se de um interrogatório) Esperam de nós a resposta espontânea, simples e directa de quem dedicou horas a fio a pensar no assunto e tem resposta pronta… como se tal fosse possível!

Exemplos:

Ela1 - O que vês em mim?

Eu - Sabes, quando tu tinhas 24 anos e eu 30, jogávamos em campeonatos diferentes. Agora, já estamos no mesmo escalão e apetece-me descobrir-te. Temos tudo para nos fazermos felizes. Só preciso de algum tempo para voltar a juntar os pedacinhos do meu coração e depois vou estar pronto para ti.

Ela1 - Está bem, estamos quando quiseres…


Ela2 - Porque decidiste voltar a estar comigo?

Eu - Acho que te deixei por insegurança, estávamos tão distantes nos objectivos para a nossa relação que eu não podia continuar assim. Desta vez vai ser diferente, ainda estou na fase instável, mas quando me encontrar, vou conseguir decidir se isto vai ser a sério.

Ela2 - Não demores muito…


Na realidade, estamos perdidos… continuamos perdidos e doridos, sem a menor capacidade de tomar decisões. Vale-nos o sermos transparentes…

3 comments:

cs said...

Parabéns. Textos que me deram um grande prazer ler.

Não sei se estamos perdidos se estamos sós. Transparentes sim, de todo.

:)

Rebeubeu said...

gemeos. shiuuuuuuuuuuuu

Ricardo said...

Yeah, gémeos rules!!!