Lavo loiça acumulada e conto 4 colheres dedicadas à última embalagem do melhor sorvete de sabor menta com pedaços de chocolate – 900 ml de abuso, corro o risco de ficar gordo mesmo sem propensão.
Estou nisto, nos meus pensamentos quotidianos, quando o ego decide meter-se comigo:
- Miúdo, estás meio-perdido heim!?
- Achas? Se calhar a culpa é de quem deixou de ser cêntrico!
- Ahah, eu sou como tu me sentes… a escolha é sempre tua, tantos anos de convivência e ainda não me percebeste?!
- Humpff…
Nisto, entra a sabedoria:
- Tu precisas é de um plano, para a vida.
- Humpff…
- Sim, pá! Precisas de um rumo, novo ou repetido mas convicto.
- Humpff, humpff…
- Tu precisas é de um plano, para a vida.
- Humpff…
- Sim, pá! Precisas de um rumo, novo ou repetido mas convicto.
- Humpff, humpff…
Entra, então, em cena o coração:
- Arrebata pá! Arrebatar é que é o verbo certo.
- Humpff, humpff, humpff…
- Arrebata pá! Arrebatar é que é o verbo certo.
- Humpff, humpff, humpff…
Finalmente, compõe-se o sindicato com a chegada da razão:
- Miúdo, tu precisas é da equanimidade!
- Ups! Palavra nova, vou ver ao dicionário, e sabe-me bem. Melhor, não sabe a nada…
- Miúdo, tu precisas é da equanimidade!
- Ups! Palavra nova, vou ver ao dicionário, e sabe-me bem. Melhor, não sabe a nada…
Volto ao sabor menta com pedaços de chocolate e tenho mais uma colher para lavar.
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