Sunday, January 29, 2012

Dos hotéis e da BD

Na vida como no “Lucky Luke” existem os hotéis paradigma. São aqueles em que o “nosso herói” encontrava a última oportunidade antes de se sujeitar ao deserto, e a primeira oportunidade para um banho depois de completar a travessia. É por isso que os hotéis mais confortáveis do mundo se encontram na Califórnia e no México, habitats marcados pela travessia do deserto em que se encontram banheiras que fazem jus ao nome e a possibilidade de banhos de imersão capazes de extraírem a poeira impregnada nos poros de qualquer herói.
Há umas 24 horas, mais ou menos umas quantas de fuso horário, tomei um desses, relaxante até à raiz dos sentimentos, com um gel da Bulgari mesmo bom, como só se encontra nesses hotéis capazes de lavar a alma fora de casa. No avião fui vendo, pelo canto do olho, o filme do “Tintim” by Steven Spielberg, dividido com as notas do presente no iPad e o “Os 30 – Nada é Como Sonhámos” apanhado no iBooks.
O “Tintim” é um filme idiota, que revela a falta que nos vai fazer a francofonia na era pós-globalização, convertendo o adorável “Milu” num “Snowy” demasiado animado e a dupla “Dupont et Dupond” nuns “Thomson and Thompson” sem graça. As notas do presente vão dando excertos profundos para o romance que (por) agora me apetece escrevinhar. O livro da Filipa Fonseca Silva é despretensioso e fácil q.b. para qualquer “jovem” da minha geração se reconhecer nos paralelos instantâneos que a vida produz como se fossem polaroids desenhadas por um qualquer Rantanplan.
C'est ça!



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