Tuesday, January 10, 2012

O dote

O dote dela era do mais básico que há no -3 do Corte Inglés. Não se pede mais a alguém que sabemos que nos faz feliz. Feliz e com um sorriso absurdamente aberto, foi o que eu senti quando a fui esperar ao aeroporto porque estava ali tudo o que um miúdo pede à vida. Pretensamente feliz foi como a senti a ela, enquanto caminhávamos para o estacionamento e eu, com excesso de zelo, quase destruía o dote. Afinal era apenas mais um instante de felicidade na história que só nós conhecemos, e hoje aconchegado pelas almofadas que vieram naquela mesma viagem, e de que eu realmente gosto, tenho a certeza de querer viver tudo outra vez.

2 comments:

VerdezOlhos said...

Este post deu-me um aperto no coração. Quase me reconheci em palavras tuas, desconhecido que nunca vi nem sei quem é.

Por momentos achei que contavam a minha história...

Ricardo said...

:) o -3 do Corte Inglés tem coisas muito especiais!