Acordo triplamente atacado por uma melga que me entrou no quarto, uma cãibra aguda na barriga da perna esquerda e uma enxaqueca que me esmaga os olhos. Ainda tenho sono mas já não vou conseguir dormir mais. Abro a janela e constato que já faz um calor assustador em Lisboa. Um calor daqueles capaz de sublimar a água da chuva oculta no solo. Na bancada da cozinha encontro uma banana que decido comer, enquanto preparo um café muito forte, sem açúcar. No frigorífico descubro um pepino que me deixa a pensar em colocar rodelas sobre os olhos doridos. E o calor em Lisboa deixa-me indeciso entre ir destilar para a praia ou esparramar-me no sofá a dormir mais um pouco. Apetece-me mudar a estação.
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