Ele tinha claro que não iria deixar de gostar dela de um momento para o outro. Isso nunca poderia fazer sentido, depois do que havia vivido. No entanto, compreendia que tinha esgotado as possibilidades, e que ao contrário do que queria já não havia ali felicidade. Mesmo indeciso, deixou-se levar no sentido contrário ao que desejava. Sabia que tinha que respeitar o que ela lhe dissera, porque era essa a natureza dele. Não entendia mas aceitava, resignado, e aqui sim, contra uma das mais-valias da sua personalidade. Fechou profundamente os olhos e recordou-a mais uma vez, como se aqueles olhos dela e aquela expressão muito meiga estivessem ainda à distância das suas mãos. E ficou quieto, com os olhos bem fechados, por alguns minutos, para garantir que não a iria esquecer.
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